Orientação de Estudos: ajudando seu filho a aprender com mais autonomia e segurança

Juliana Aparecida Celis Tizo

Você já percebeu que cada criança tem um jeito único de aprender?
Algumas se concentram melhor com imagens, outras precisam ouvir, e há aquelas que aprendem colocando a mão na massa. A Orientação de Estudos nasce justamente para ajudar o estudante a descobrir sua melhor maneira de aprender, desenvolvendo autonomia, segurança e prazer no processo de estudo.

Mais do que ensinar técnicas de memorização, o acompanhamento busca promover o autoconhecimento, a autoconfiança e hábitos saudáveis de aprendizagem — fatores que fazem toda diferença no desempenho escolar e no bem-estar emocional.

 O que é a Orientação de Estudos?

É um acompanhamento especializado voltado para crianças e adolescentes que precisam organizar seus estudos, compreender suas dificuldades de aprendizado e encontrar estratégias eficazes para o dia a dia escolar.
Durante o processo, o profissional realiza avaliações e planejamentos personalizados, sempre respeitando o ritmo e o perfil do estudante.

Etapas do processo

Cada etapa é pensada para compreender e fortalecer o modo de aprender do aluno:

  • Inventário de Habilidades: identifica competências cognitivas, emocionais e comportamentais que influenciam o aprendizado.
  • Canais de Comunicação: observa se o estudante aprende melhor por meio de estímulos visuais, auditivos ou cinestésicos (práticos).
  • Mapeamento dos Instrumentos de Aprendizagem: define os recursos e ferramentas mais adequados ao canal predominante de aprendizagem.
  • Questionário Metacognitivo: estimula o aluno a refletir sobre como pensa, compreende e monitora o próprio processo de estudo.
  • Seleção das Técnicas de Estudo: escolhe métodos eficazes, como resumos, esquemas, mapas mentais e revisões guiadas.
  • Planejamento da Prática e Supervisão dos Resultados: acompanha a aplicação das técnicas, avaliando os avanços e ajustes necessários.

Na Integrare, o aprendizado vai além dos livros

Na Integrare Clínica Multidisciplinar, a Orientação de Estudos é conduzida por uma equipe preparada para acolher e orientar cada estudante de forma individualizada.
Nosso foco é ajudar crianças e adolescentes a desenvolver autonomia, confiança e leveza em sua jornada escolar — aprendendo não apenas para as provas, mas para a vida.

 

Cuide da Sua Voz: Dicas Práticas para Professores e Profissionais da Comunicação

Daniela Vieira Nardi Saravalle

A voz é muito mais do que um som: é o espelho da nossa alma. Ela mostra quem somos, nossas emoções e até nossa identidade – quase como uma impressão digital. Mas você sabia que a voz muda conforme a idade, saúde, emoção e até o estresse do dia a dia?

Ela nasce nas pregas vocais, lá dentro da laringe, quando o ar dos pulmões passa por elas. Depois, é amplificada pela boca, nariz e garganta – nosso alto-falante natural. Por isso, quando falamos ou cantamos, cada detalhe faz diferença.

Você já atendeu um telefonema e pensou: “Que voz agradável!”? Ou já encontrou alguém com a voz rouca e difícil de entender? Quem já teve algum problema vocal sabe como isso pode atrapalhar o dia a dia. E se você é professor, imagina só: horas falando em sala de aula, tentando chamar a atenção da turma, explicando o conteúdo e, no fim, ainda lidando com rouquidão… é um desafio!

Como o Fonoaudiólogo Pode Ajudar

O fonoaudiólogo atua na prevenção, no tratamento e no aperfeiçoamento da voz. Ele ajuda cantores, professores, locutores, advogados, atores… e até aquele amigo que fala alto no grupo da família! 
Em casos mais sérios, como câncer de laringe ou paralisia das cordas vocais, nosso trabalho é restabelecer a comunicação da melhor forma possível, para que a pessoa consiga se expressar novamente.

O mais importante é observar os sinais da voz. Rouquidão por mais de 15 dias não é normal! E mesmo se você não fala profissionalmente, cuidar da voz ajuda na saúde e na autoestima.

Dicas Simples e Práticas para Sua Voz

  • Hidrate-se sempre: beba água em pequenos goles ao longo do dia. Evite ficar falando muito tempo sem pausas – a voz também precisa descansar.
  • Alimente-se de forma leve: refeições pesadas antes de longos períodos falando podem deixar a voz cansada.
  • Alongue-se e relaxe: ao acordar ou durante pequenas pausas, faça espreguiçamentos. Isso ajuda a relaxar os músculos da voz.
  • Pausas estratégicas: se possível, tire alguns minutos para descansar a voz ao longo do dia – até 2 ou 3 minutinhos já ajudam muito!
  • Rouquidão persistente é alerta: não ignore! Procure um otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo.

Hábitos que Prejudicam a Voz

  • Pigarrear constantemente – parece inofensivo, mas irrita as pregas vocais.
  • Líquidos muito quentes ou muito gelados – nada de exageros!
  • Falar enquanto faz esforço físico – sua voz também se cansa.
  • Ambientes barulhentos – gritar para competir com o som prejudica a voz.
  • Fumo e álcool – inimigos número 1 da saúde vocal.
  • Remédios caseiros sem orientação – podem piorar o problema.

Dica da Dani: Se você é professor, tente intercalar a fala com gestos, olhares ou pausas para atividades em grupo. Além de engajar os alunos, você dá um descanso precioso para a sua voz!

Com atenção, pequenas mudanças de hábito e alguns cuidados diários, é possível manter a voz saudável, firme e segura, pronta para ensinar, cantar, se comunicar e encantar por muito tempo!

Como os Sons Moldam a Aprendizagem: Reflexões da Clínica

Daniela Vieira Nardi Saravalle

Desde que nascemos, já temos uma incrível capacidade de aprender e de nos ajustar ao mundo ao nosso redor. Vamos descobrindo o mundo aos poucos: aprendemos com sons, imagens, sabores, cheiros e toques. Cada experiência vai sendo internalizada, e é assim que começamos a compreender e interagir com o que nos cerca.

Aprender a se comunicar, seja falando ou escrevendo, nos permite transmitir nossos pensamentos, sentimentos e desejos. É através da linguagem que vamos nos tornando humanos, conectando-nos com os outros e com o mundo. Mas para que isso aconteça de forma eficiente, precisamos perceber as regras sociais da linguagem, entender os sons, as palavras, os significados e o contexto em que tudo acontece.

Duas coisas são fundamentais nesse processo: nossa biologia e o ambiente em que crescemos. Nossa estrutura cerebral e sensorial já nasce pronta para aprender, mas precisa ser estimulada pelo mundo ao nosso redor. O sistema auditivo, por exemplo, precisa de experiências com sons para se desenvolver de forma adequada, permitindo que possamos escutar, interpretar e usar a fala com eficiência. É por isso que, em meu trabalho clínico, a avaliação do processamento auditivo é tão importante. Ela nos mostra como a criança ou adolescente lida com os sons ao redor, se consegue organizar as informações auditivas e se isso impacta na fala, na leitura ou na escrita.

Essa avaliação não é apenas sobre ouvir sons, mas sobre como o cérebro processa o que escuta. Conseguir identificar, discriminar, localizar e sequenciar os sons é essencial para a aprendizagem da língua. Quando essas habilidades não se desenvolvem plenamente, o aprendizado da leitura e da escrita pode ser prejudicado, mesmo quando a criança tem inteligência e vontade de aprender.

Com a avaliação, conseguimos entender melhor onde estão as dificuldades: se o problema está na percepção dos sons, na memória auditiva ou na integração das informações recebidas. A partir disso, podemos planejar estratégias de estímulo auditivo, sempre de forma gradual e respeitando o ritmo do aluno. Isso inclui atividades simples do dia a dia, como falar claramente, usar frases curtas e contextualizar o que dizemos, além de treinos específicos com sons e exercícios auditivos.

Na clínica, vejo o quanto essas pequenas adaptações fazem diferença. Um aluno que antes se perdia nas instruções, aos poucos começa a entender melhor os textos, a escrever com mais segurança e a participar das atividades sem tanta frustração. Melhorar a maneira como a criança ou o adolescente lida com os sons é fortalecer o caminho pelo qual todas as informações da língua irão percorrer até o cérebro. É como pavimentar a estrada da comunicação, tanto oral quanto escrita.

Para os pais e professores, algumas estratégias simples já ajudam muito: falar de forma clara, repetir instruções quando necessário, fornecer pistas contextuais, pedir feedback de compreensão e introduzir gradualmente sons de fundo para treinar a atenção auditiva. Tudo isso, aliado ao acompanhamento clínico, pode transformar a experiência de aprender, tornando-a menos frustrante e muito mais significativa.

Cada criança e adolescente tem seu tempo e suas particularidades. Ao compreendermos como o processamento auditivo influencia a aprendizagem da leitura e da escrita, conseguimos oferecer caminhos que respeitam essas diferenças e promovem conquistas reais. E é exatamente isso que me inspira todos os dias na minha prática clínica: ver o brilho no olhar de quem descobre que pode aprender, se expressar e se comunicar com confiança.

Existe uma escola ideal? Minha experiência clínica com alunos e famílias

Daniela Vieira Nardi Saravalle

Escolher a escola ideal para um filho nunca foi tarefa simples, e hoje essa decisão se tornou ainda mais desafiadora. Por muito tempo, as escolas se diferenciavam pouco: algumas eram mais rígidas, outras mais permissivas, e a aprendizagem era medida basicamente pelas notas. O aluno era visto como responsável pelo sucesso ou fracasso, e pouco se considerava o papel da escola nesse processo.

Na minha experiência clínica, atendendo crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem, percebo que o fracasso escolar envolve sempre três pilares: aluno, família e escola. Para que o estudante aprenda de fato, a escola precisa ser muito mais do que um espaço de transmissão de conteúdo: ela deve acompanhar o processo, respeitar as diferenças individuais e oferecer recursos que estimulem o desenvolvimento de cada aluno.

Para estudantes com transtornos de atenção ou dificuldades de leitura e escrita, essa atenção faz toda a diferença. Desde o 5º ano, as demandas escolares aumentam: textos mais longos, problemas matemáticos complexos e maior autonomia na organização do estudo. Sem acompanhamento adequado, muitos alunos se frustram, desmotivam-se e podem ter a autoestima abalada.

Minha experiência mostra que o professor é o verdadeiro coração do aprendizado. Não existe professor perfeito, mas existe aquele que conhece seu aluno, adapta estratégias de ensino, investe em técnicas que favoreçam a atenção e compreensão e trabalha em parceria com pais e especialistas. Um professor atento, curioso e dedicado transforma a escola em um lugar de crescimento, descoberta e confiança.

Para os pais, a orientação é clara: não busquem apenas uma escola que “aceite” seu filho, mas uma que se comprometa de verdade com o aprendizado, que ofereça turmas adequadas, apoio técnico e acompanhamento individualizado. Uma escola que valorize cada progresso, que reconheça os esforços e incentive a autonomia do aluno.

A boa notícia é que existem escolas assim. Elas podem não estar no nome da instituição ou em slogans chamativos, mas aparecem na prática diária, quando cada conquista é celebrada, cada dificuldade é enfrentada com apoio e cada criança ou adolescente encontra espaço para crescer, se expressar e desenvolver todo o seu potencial.

Com atenção, parceria e carinho, é possível que cada aluno encontre seu lugar e floresça na aprendizagem, com esperança e confiança no seu futuro.

O que aprendi com minhas próprias dificuldades de leitura e escrita

Daniela Vieira Nardi Saravalle

Passei boa parte da minha vida escolar enfrentando dificuldades com a leitura e a escrita. Eu era aquela aluna que vivia com medo das provas, sempre insegura, acumulando notas baixas e carregando a sensação de não ser capaz. Muitas vezes inventava desculpas para não ir à escola, tamanha era a minha ansiedade diante das tarefas.

Essa experiência me marcou profundamente, mas também me trouxe aprendizados valiosos. Hoje, ao acompanhar crianças e adolescentes, consigo enxergar neles um pouco daquilo que eu mesma vivi: o peso que a dificuldade com a linguagem pode trazer não só para o desempenho escolar, mas também para a autoestima e para o prazer de aprender.

Percebo que, muitas vezes, quando um aluno “não vai bem” em determinada matéria, a raiz do problema está justamente no domínio da leitura e da escrita. Afinal, essas habilidades são a base para compreender o mundo, para se comunicar e para avançar em qualquer área do conhecimento.

Aprendi, na prática, que não existe uma única causa para essas dificuldades. Do lado da criança, há questões fisiológicas, emocionais e cognitivas que podem influenciar. Do lado da escola, métodos pouco atrativos e falta de atenção às diferenças individuais. Já em casa, tanto a cobrança exagerada quanto a ausência de estímulo podem desmotivar ainda mais.

As consequências disso, eu mesma senti na pele: a baixa autoestima, o medo de errar, a vergonha de ler em voz alta ou de escrever algo que pudesse ser criticado. Muitas crianças vivem o mesmo, retraindo sua criatividade e limitando seu potencial por insegurança.

Mas também descobri que é possível transformar esse cenário. Com atenção precoce, apoio da família, olhar acolhedor dos professores e, quando necessário, acompanhamento especializado, as barreiras podem ser vencidas.

Hoje, acredito profundamente que aprender não é apenas um processo técnico. É também um processo afetivo. Uma criança que se sente apoiada, amada e valorizada aprende com mais confiança. Foi isso que fez diferença para mim, e é isso que incentivo sempre: que a leitura e a escrita sejam cultivadas não como obrigação, mas como pontes para o prazer de aprender, imaginar e se comunicar com o mundo.

O fracasso dos jovens frente à leitura e escrita: causas, implicações e caminhos possíveis

Daniela Vieira Nardi Saravalle

Ao longo da minha experiência com crianças e adolescentes, percebi que o fracasso diante da leitura e da escrita vai muito além de uma simples dificuldade escolar. Ele toca na autoestima, no prazer de aprender e até na forma como o aluno se enxerga no mundo.

Muitas vezes, quando escuto que uma criança “não vai bem” em Matemática, Ciências ou outra disciplina, logo noto que a raiz do problema não está apenas no conteúdo, mas na linguagem. Ler, compreender e escrever bem são portas que se abrem para todas as outras aprendizagens. Quando essa base é frágil, tudo o resto fica comprometido.

O que aprendi nesses anos é que não existe uma única causa. Do lado da criança, há fatores fisiológicos, emocionais e cognitivos que interferem. Ela precisa estar preparada para articular os sons da língua, ter consciência de como as palavras se formam, contar com memória, atenção, coordenação motora, percepção auditiva e visual. Quando uma dessas áreas não está bem desenvolvida, o processo de alfabetização se torna mais desafiador.

Do lado da escola, percebo que métodos pouco atrativos, currículos distantes da realidade dos alunos, turmas cheias e pouca atenção às diferenças individuais também podem dificultar o aprendizado. Já em casa, tanto a cobrança exagerada quanto a falta de estímulo costumam gerar insegurança, medo de errar e até desinteresse.

As consequências, infelizmente, são visíveis: crianças que evitam ler em voz alta, jovens que têm vergonha de escrever, autoestima baixa e até rejeição ao ambiente escolar. Não raro, vejo alunos se retraindo, limitando sua criatividade porque temem o julgamento. Em alguns casos, o quadro está relacionado a distúrbios como a dislexia, que merecem atenção especializada.

Mas, apesar de tudo isso, eu acredito – e já testemunhei – que é possível transformar esse cenário. Quanto mais cedo as dificuldades são percebidas, maiores as chances de superação. Com uma escola atenta, uma família acolhedora e profissionais dispostos a caminhar juntos, os avanços acontecem.

O que nunca esqueço é que aprender não é só um processo técnico: é também emocional. Uma criança que se sente amada, apoiada e valorizada aprende com mais confiança. Por isso, sempre incentivo pais e educadores a regarem esse processo com paciência, carinho e estímulo constante.

A leitura e a escrita não devem ser vistas como obrigação, mas como pontes para o prazer de aprender, imaginar e se comunicar com o mundo. E é nesse caminho que sigo acreditando e trabalhando todos os dias.

O hábito da leitura: um presente de amor para a infância

Daniela Vieira Nardi Saravalle

A leitura, além de contribuir para o desenvolvimento emocional, amplia o vocabulário, fortalece a capacidade de comunicação e ajuda a criança a utilizar melhor o idioma. Mas, mais do que isso, ler é um ato de afeto. É um momento de encontro, de troca e de conexão entre pais e filhos.

Ao longo da minha experiência em estimular esse hábito tão saudável, percebi que a leitura vai muito além do papel e das palavras impressas. Ela é uma forma de nutrir laços, despertar emoções e criar memórias afetivas que acompanham a criança por toda a vida.

As crianças adoram ouvir histórias. Quando um adulto se dispõe a ler ou contar para elas, acontece algo especial: nasce uma comunicação diferente daquela do dia a dia. Não se trata apenas de ordens ou regras (“já tomou banho?”, “escovou os dentes?”, “arrumou o quarto?”), mas de um espaço de encantamento, fantasia e partilha.

A leitura é percebida pela criança como um gesto de amor. Ao dedicar sua voz, seus gestos e sua emoção, o adulto transmite presença, atenção e interesse genuíno. É como se dissesse: “Eu estou aqui, esse momento é só nosso.”

Uma dica importante é, durante a leitura, mostrar no livro as palavras que fazem sentido para a história. Isso ajuda a criança a criar uma ponte entre o que ouve e o que está escrito, despertando curiosidade pela linguagem e pelas letras.

Também é fundamental não restringir o acesso às leituras escolhidas pelas crianças. Mesmo que alguns textos pareçam difíceis, vale apoiar, incentivar e estar junto. Cada tentativa de leitura é um passo a mais no caminho do aprendizado.

A leitura, portanto, não deve ser vista apenas como uma obrigação escolar, mas como um hábito que floresce em meio ao carinho, ao tempo compartilhado e ao prazer de descobrir juntos novos mundos. Quando cultivada na infância, torna-se uma herança preciosa, que acompanha a criança e se transforma em um recurso para a vida inteira.

Assim, ler para os filhos — e com os filhos — é um gesto simples que gera frutos imensos: fortalece vínculos, alimenta a imaginação, expande horizontes e, acima de tudo, ensina que as palavras podem ser janelas abertas para o amor e o conhecimento.

Linguagem infantil: pequenas ações que fazem grande diferença

Daniela Vieira Nardi Saravalle

A fala do seu filho não começa apenas quando ele pronuncia as primeiras palavras. Muito antes disso, cada olhar, sorriso, gesto e balbucio já fazem parte de um processo rico e encantador. A linguagem nasce do vínculo, do afeto e das experiências que a criança vive no dia a dia.

Nos momentos de cuidado, como a hora do banho, da amamentação ou da troca de roupas, aproveite para conversar com seu bebê. Sua voz, seu olhar e seu toque são formas de mostrar amor e segurança, ajudando-o a compreender o mundo e a sentir-se acolhido.

Desde bem cedo, o bebê já começa a emitir sons e a explorar sua própria forma de se comunicar. Essas tentativas, mesmo que ainda não sejam palavras completas, devem ser valorizadas e incentivadas. Quando surgir uma palavrinha nova, celebre a conquista! Cada balbucio ou palavra é um passo importante nessa jornada.

As brincadeiras também são um grande aliado. Esconder objetos para que a criança os encontre, brincar de correr, engatinhar ou empilhar blocos são experiências que unem movimento, descoberta e comunicação. Mais do que simples diversão, são momentos que despertam a curiosidade e estimulam a fala.

Quando os erros aparecerem, não se preocupe: eles fazem parte do aprendizado. O mais importante é devolver a palavra de forma correta e natural, sem imitar a fala infantilizada. Com isso, a criança vai aprendendo, no seu próprio tempo, o jeito certo de se expressar.

A partir dos dois anos, os jogos e brinquedos pedagógicos ajudam a enriquecer o vocabulário e a ampliar noções como cor, forma, tamanho, espaço e tempo. Livros, histórias, dramatizações e fantoches também são ferramentas maravilhosas para estimular a imaginação e a comunicação.

E lembre-se: cada criança tem o seu ritmo. Comparações só geram ansiedade e insegurança. Respeite o tempo do seu filho, incentive-o com carinho e procure falar sempre de coisas que despertem sua curiosidade e interesse.

Assim como uma plantinha precisa de água, luz e cuidado para florescer, a linguagem da criança precisa ser regada com amor, paciência e estímulo. Ofereça oportunidades, celebre as conquistas e permita que seu filho descubra, com alegria, o prazer de se comunicar

Fonoaudiologia: Muito além de “consertar a fala”

Daniela Vieira Nardi Saravalle

Quando se fala em fonoaudiologia, muitas pessoas ainda imaginam apenas o atendimento para quem fala errado ou gagueja. Mas a verdade é que essa área vai muito além: fala, voz, audição, leitura, escrita, linguagem, respiração e deglutição são partes do nosso universo de atuação. E o mais importante: nosso trabalho é ajudar cada pessoa a se comunicar e aprender de forma segura, confiante e prazerosa.

Na clínica, acompanhamos crianças, adolescentes e adultos com diferentes desafios: dificuldades de leitura e escrita que não se encaixam no modelo tradicional de ensino, atrasos de fala, trocas de sons, problemas de voz ou até questões mais complexas relacionadas à audição e ao processamento auditivo. Muitas vezes, o que parece apenas uma “dificuldade na escola” esconde um conjunto de necessidades que, quando identificadas e trabalhadas, podem transformar completamente o aprendizado e a autoestima.

A fonoaudiologia atua ainda em:

  • Distúrbios da linguagem oral e escrita: apoio a quem precisa de estratégias diferentes para ler, escrever e se expressar;
  • Gagueira e fluência verbal: técnicas para desenvolver segurança e naturalidade na fala;
  • Voz e expressividade: aperfeiçoamento de voz para profissionais da fala, prevenção de rouquidão, pigarro ou fadiga vocal;
  • Audição e processamento auditivo: avaliação e reabilitação de quem apresenta dificuldade em ouvir, identificar ou interpretar sons;
  • Deficiência auditiva: indicação, adaptação e acompanhamento de aparelhos auditivos;
  • Dificuldades neurológicas e pós-traumáticas: reabilitação da fala, deglutição e respiração;
  • Alterações de mastigação e deglutição: treino funcional para alimentação segura e eficiente;
  • Habilidades cognitivas relacionadas à comunicação: memória auditiva, atenção, compreensão e organização da linguagem.

Nosso trabalho é individualizado e respeita o tempo e as potencialidades de cada pessoa. Muitas vezes, pequenas mudanças na forma de ouvir, falar ou ler fazem toda a diferença na vida acadêmica, profissional e pessoal. A fonoaudiologia não é apenas uma intervenção, é um processo de descoberta, empoderamento e autonomia, que transforma frustração em conquista e insegurança em confiança.

Na Integrare, cada atendimento é pensado para que a pessoa se sinta ouvida, compreendida e apoiada, porque comunicar-se é mais do que falar: é aprender, relacionar-se, expressar-se e se conectar com o mundo. E é exatamente isso que buscamos todos os dias: abrir caminhos para que cada pessoa encontre sua melhor forma de se expressar e aprender, respeitando seu ritmo, suas dificuldades e suas conquistas.

Fonoaudiologia é, antes de tudo, acolhimento, estímulo e transformação. É acreditar que, com os recursos certos, acompanhamento especializado e carinho, todos podem se comunicar, aprender e brilhar.

Pais e Cuidadores

Mariana Cavalheiro Sottero Sanchez - Mãe da Integrare 💜

Pais e cuidadores podem observar durante muito tempo comportamentos diferentes do esperado em seus filhos e junto com essa constatação pode surgir o medo de precisar investigar, avaliar e dar de cara com um diagnóstico.

Quando o assunto é esse, muitas famílias acabam agindo de forma a negar o que estão vendo. Por medo, muitas vezes essa investigação acaba nem acontecendo, ou acontece tardiamente.
Isso acaba sendo prejudicial para todos: pais assustados, que sofrem em ver que algo não vai bem e acabam percorrendo um árduo caminho de duvidas e falta de apoio, e também para a criança que seria muito beneficiada em ser avaliada e poderia usufruir precocemente de atendimento onde existe a possibilidade de acompanhamento e evolução.

O que muitas famílias nao sabem é que o que vem após o diagnóstico é aquilo que faltava: o fim das dúvidas, o fim do medo e o início da ação! As dúvidas são substituídas pelo manejo de profissionais que estudaram e sabem exatamente o que fazer! O acolhimento vem daí, de não se sentirem mais sozinhos diante de uma situacao onde não se sabe como agir ou pra onde correr… a caminhada da criação dos filhos quando acompanhada por profissionais que trazem luz aos questionamentos e auxílio na dificuldade é muito mais leve.

Por isso, encorajo fortemente a todas as famílias que notam algo diferente em seus filhos que busquem ajuda, o quanto antes. Estar acompanhado por ajuda especializada nesse momento, não tem preço. 

A importância do acompanhamento psicopedagógico

Núbia Zanutto – Psicopedagoga Integrare

O acompanhamento psicopedagógico vai muito além de um recurso para quando a criança apresenta dificuldades de aprendizagem. Ele é uma ferramenta essencial de desenvolvimento global, que favorece o aprendizado, o fortalecimento da autoestima e a prevenção de possíveis desafios futuros.

🧩 Identificação das demandas

Por meio de uma avaliação cuidadosa, o psicopedagogo compreende como a criança aprende, quais são suas potencialidades e quais estratégias são mais eficazes para o seu desenvolvimento. Esse olhar individualizado permite reconhecer tanto os aspectos que precisam ser trabalhados quanto os talentos que merecem ser estimulados.

🏫 Apoio à escola e à família

O trabalho psicopedagógico acontece em parceria com professores e familiares, fortalecendo o vínculo entre todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. Essa colaboração contribui para um ambiente escolar e familiar mais positivo, acolhedor e equilibrado — o que reflete diretamente no bem-estar e na evolução da criança.

💜 Estímulo às competências socioemocionais

Além dos aspectos cognitivos, o acompanhamento também promove o desenvolvimento socioemocional: reforça a autoconfiança, melhora as relações interpessoais, ajuda no controle da ansiedade e no enfrentamento de medos. Esses fatores são fundamentais para o sucesso acadêmico e pessoal, favorecendo o crescimento integral da criança.

✨ Nunca é cedo demais para reconhecer talentos e investir no futuro.

Minha História: de aluna em recuperação a fonoaudióloga apaixonada pelo aprender

Daniela Vieira Nardi Saravalle

Minha vida escolar foi sempre permeada por dificuldades. Eu era a menina das notas baixas, das recuperações, do medo nas provas. Minhas mãos suavam, meu coração disparava, e, por vezes, eu chegava a desmaiar de tanta ansiedade. Inventava histórias absurdas para não ir à escola — uma vez cheguei a dizer para minha mãe que tinha um osso de frango preso na garganta, só para evitar a sala de aula.

Na escola, fiquei conhecida por estar sempre nas listas de recuperação. E, como era muito quietinha, muitas vezes acabava aprovada pelo conselho de classe. Apesar de tudo, nunca reprovei.

Depois do Ensino Médio, entrei em um cursinho ainda em dúvida sobre qual carreira seguir: Fonoaudiologia ou Fisioterapia? Foi no cursinho que tive uma descoberta transformadora: meus problemas de aprendizagem eram também problemas de ensinagem. Com uma metodologia diferente, finalmente aprendi conteúdos que não consegui absorver na escola. Era gratificante acertar uma questão de matemática e perceber que, sim, eu era capaz.

Fiz vestibular e passei em Fonoaudiologia na PUC-SP. O período da faculdade foi difícil, marcado por desafios familiares e financeiros, mas eu não desisti. No meio desse caminho, encontrei disciplinas que despertavam minha paixão. Concluí a graduação, fiz iniciação científica, duas especializações e um mestrado.

E, sem planejar, minha prática clínica me aproximou justamente de crianças e adolescentes que enfrentavam dificuldades parecidas com as minhas. Muitos com transtornos de aprendizagem, leitura e escrita. Hoje, consigo entender profundamente o que eles sentem e vivem dentro da escola. Minha história pessoal se tornou ponte: fortalece o vínculo com meus pacientes e me ajuda a pensar em estratégias reais que fazem diferença no desempenho escolar.

Mais do que melhorar notas, esses resultados elevam a autoestima e fazem cada criança acreditar em si mesma. Porque aprender é muito mais do que conteúdo: é sobre acreditar que se pode.

Integrare 2025: florescendo em um novo tempo

Daniela Vieira Nardi Saravalle

A Integrare nasceu em 2010, fruto da união de uma fonoaudióloga, uma psicóloga e uma pedagoga que acreditavam no poder do trabalho conjunto. Na primeira sede, na Rua Martim Francisco, começamos a construir um espaço de acolhimento e cuidado, voltado para transformar vidas.

Em 2017, o sonho cresceu e ganhamos uma nova casa, na Rua Peri, 72, onde seguimos firmes, ampliando atendimentos e fortalecendo nossa identidade.

A partir de 2020, a clínica passou a ser conduzida por mim, Daniela Nardi, que segui com o propósito de manter vivo esse projeto, mesmo em tempos de incerteza. Por um período, seguimos com um formato mais enxuto, apenas com a sublocação de salas, mas sempre com a mesma dedicação.

E então chegou 2025, um ano que ficará marcado na minha história. Além de celebrar 25 anos de formada, 15 anos de Integrare e 5 anos como única gestora vejo a Integrare florescer em um novo modelo de clínica, que vem dando muito certo e já reúne 10 profissionais comprometidos com a excelência.

Mais do que profissionais, somos uma equipe muito especial, formada por pessoas que compartilham do mesmo sonho: ajudar crianças e adolescentes, deixando uma marca positiva em suas vidas. Cada atendimento é carregado de afeto, propósito e dedicação.

Este é um ano de comemoração, de ressignificar o caminho percorrido e ampliar horizontes. A Integrare segue viva, pulsante e transformadora — pronta para escrever os próximos capítulos dessa história com ainda mais amor e significado.

Assim como uma árvore, criamos raízes profundas que sustentam nosso crescimento. O tronco é a força que nos mantém firmes e os galhos se abrem em muitas direções, alcançando novas possibilidades. Cada folha é uma vida tocada, cada fruto é uma conquista compartilhada. E seguimos assim, crescendo com propósito, acolhendo com amor e florescendo junto com cada pessoa que faz parte dessa história.

Missão da Fonoaudiologia na Integrare

Daniela Vieira Nardi Saravalle

A fonoaudiologia é a ciência que cuida da comunicação humana em todas as suas dimensões — fala, audição, voz, linguagem oral e escrita — e também desempenha papel essencial na aprendizagem. É através dela que ajudamos crianças e adolescentes a encontrarem sua voz, desenvolverem autonomia e conquistarem novas possibilidades de expressão e compreensão.

Sou Daniela Vieira Nardi Saravalle, fonoaudióloga formada há 25 anos, e a minha trajetória profissional se confunde com a da Integrare. O que começou como um sonho pessoal tornou-se, ao longo dos anos, um espaço de cuidado que hoje reúne uma equipe transdisciplinar dedicada a transformar histórias.

Na Integrare, a missão da Fonoaudiologia é promover o desenvolvimento pleno da comunicação e da aprendizagem, acolhendo cada criança, adolescente e família com um olhar humano e científico. Nosso trabalho vai além da reabilitação: buscamos fortalecer vínculos, resgatar a autoestima e abrir caminhos para que cada indivíduo tenha voz ativa em sua própria trajetória.

Hoje, ao olhar para tudo o que construí, agradeço profundamente à fonoaudiologia por ter sido a base da minha história profissional. Foi através dela que encontrei propósito, cresci, realizei sonhos e continuo aprendendo a cada novo encontro. Sou grata por cada paciente, cada família e cada conquista que tornaram possível essa jornada.

Inteligência

Maíra Gonzalez de Babo

A inteligência é definida de diferentes maneiras de acordo o princípio teórico em questão, porém aqui vamos falar da definição para as neurociências. Para essa área da ciência, a inteligência está relacionada às habilidades de raciocinar, planejar, resolver problemas e aprender através das experiências anteriormente vividas. Por isso a inteligência cognitiva diz respeito ao quão funcional é o cérebro para uma boa sobrevivência.

Dentro dessa abordagem a inteligência depende das capacidades cognitivas do indivíduo, ou seja, das capacidades mentais desenvolvidas ao longo dos anos, como memória, atenção, linguagem, entre outros.

É possível fazer uma avaliação dessa inteligência através da chamada avaliação neuropsicológica, afinal as diferenças individuais do nível de inteligência de um indivíduo para outro afetam diretamente sua funcionalidade no dia a dia, seus relacionamentos, e seu desempenho escolar ou laboral. É importante pontuar que não há praticamente nenhuma atividade humana que não exija algum tipo de trabalho cognitivo, algumas exigem mais e outras menos.

Esse aspecto do indivíduo tem sua importância para auto conhecimento, já que uma vez conhecendo seus pontos fortes e fracos fica mais fácil fazer escolhas e direcionar os comportamentos de acordo com suas características individuais.

Por que buscar uma psicóloga especialista em sexualidade?

Maria Elizabete de Souza Nogueira

A terapia sexual é um espaço seguro, acolhedor e sem julgamentos, criado para ajudar pessoas a compreenderem e melhorarem sua vida sexual e afetiva. Muitas vezes, questões relacionadas à sexualidade são tratadas com silêncio, culpa ou vergonha; e isso pode afetar diretamente o bem-estar emocional, a autoestima e os relacionamentos.

A busca por um sexólogo deve acontecer quando a pessoa percebe que não está conseguindo viver sua sexualidade de forma satisfatória ou quando sente necessidade de compreender melhor sua própria sexualidade.

Proporcionar um conhecimento abrangente acerca da saúde sexual e da sexualidade humana, influência diretamente na qualidade de vida.

Trago aqui algumas das queixas que as pessoas procuram uma terapeuta sexual:

  • Dificuldades com desejo, excitação ou orgasmo
  • Disfunções sexuais (como dor na relação, ejaculação precoce, disfunção erétil)
  • Diferenças de libido no relacionamento
  • Problemas de intimidade ou comunicação afetiva
  • Descoberta e aceitação da própria orientação sexual ou identidade de gênero
  • Superação de traumas ou experiências negativas relacionadas à sexualidade
  • Desenvolvimento de uma sexualidade mais saudável, livre e consciente

Buscar uma terapeuta sexual não significa que “algo está errado”, mas sim que existe um desejo de compreender melhor a si mesmo, seus desejos, limites e relações. É um ato de cuidado, coragem e amor próprio. Faça a sua parte. Busque ajuda!!!!

Porque adoecemos?

Cristina Aparecida Gonzalez de Babo

A linguagem do corpo é a mais antiga e mais falada de todas as línguas. Todos temos esse conhecimento independente da cultura. É inato, nasce conosco.

No entanto, não somos educados a decodificar essa linguagem, e geralmente, nosso olhar para o corpo é pra torná-lo atraente ou quando ele dói.

Também sabemos que somos uma unidade formada de corpo e alma, ou uma unidade corpo-mental, e por isso, nossas células e nossos pensamentos estão mais diretamente relacionados do que podemos imaginar, interagindo e se influenciando mútua e continuamente.

Nossa história pessoal com seus traumas, conflitos, dores existenciais e as pressões do dia a dia, muitas vezes gera uma sobrecarga emocional influenciando nossos pensamentos fazendo com que nossas células, nessa escuta atenta, materialize esses sentimentos desequilibrando a unidade. Assim, nosso corpo torna-se um palco onde cada sintoma, cada doença é um recado, representando os elementos que faltam para pra nossa integridade interior, transformando-se em oportunidade de desenvolvimento.

Por toda simbologia que carrega nosso corpo, a doença significa a tarefa a ser executada para nos levar de volta à unidade.

Clínica Integrare

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